O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou em evento realizado na cidade de Nova York, nos Estados Unidos, que o acordo com a União Europeia pode defender o Mercosul de resultado ‘exótico’ na eleição argentina.
Haddad não mencionou Javier Milei, que ganhou as prévias na Argentina, mas se referia ao candidato. Milei afirma em entrevistas que o Mercosul “é um fracasso comercial”, e há temor de que o país vizinho seja retirado do bloco caso ele seja eleito.
“Eu não sei o que vai ser do Mercosul se o acordo não for fechado e a gente tiver na Argentina um resultado eleitoral ‘exótico’, vamos dizer assim. Pode acontecer de nem o Mercosul sobreviver”, disse Haddad.
“Se o acordo for fechado, talvez o resultado eleitoral não seja suficiente para implodir o bloco Mercosul”, completou.
O petista defendeu que a expansão do Mercosul só pode ocorrer por meio deste acordo. Com os termos firmados, o bloco se torna mais atrativo para outras nações sul-americanas, na visão do ministro.
“O Mercosul vai ser Mercosul-União Europeia a partir da chancela dos países. E aí passam a ver o Mercosul de outra maneira, a Colômbia poder ver de outra maneira, o Chile pode ver de outra maneira”, disse.
Perspectiva para o país
Durante sua fala, o ministro afirmou ainda que economia brasileira tem condições para crescer acima da média ambiental, levando em conta a qualidade ambiental.
“Tenho muita convicção do que vou dizer: o Brasil tem condições de crescer acima da média mundial. Se o mundo crescer 2%, podemos crescer 3%; se o mundo crescer 3%, podemos crescer 3,5% — mas com uma qualidade superior a de qualquer país do ponto de vista ambiental”, disse.
O ministro mencionou a agenda que o governo federal vem colocando em prática para seu plano de transição ecológica, com regulação de mercado de carbono, emissão de títulos verdes e taxonomia.
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