domingo, outubro 1, 2023
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Dino afirma que enviou relatório do CNJ sobre a Lava Jato para análise da PF


O ministro da Justiça e da Segurança Pública, Flávio Dino, disse em suas redes sociais, nesta segunda-feira (18), que enviou o relatório de inspeção da 13ª Vara Federal de Curitiba, responsável pela Operação Lava Jato, feito pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), à Polícia Federal (PF) para uma análise “no tocante a possíveis crimes perpetrados acercar da destinação dos recursos financeiros” da operação.

Dino disse que recebeu o ofício do corregedor nacional de Justiça, ministro Luis Felipe Salomão, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), responsável pelo processo de Correição Extraordinária – uma espécie de inspeção que teve início em maio, após registro de mais de 30 reclamações contra juízes que atuaram nos processos relacionados ao tema.

O relatório parcial divulgado na sexta-feira (15) aponta “uma gestão caótica” no controle de valores oriundos de acordos de colaboração e de leniência firmados com o Ministério Público Federal e homologados pela Justiça.

Segundo o post de Flávio Dino, “o corregedor sugere a constituição de um grupo de trabalho para aprofundar análises e adotar medidas preventivas, inclusive sobre cooperação jurídica internacional”. O ministro da Justiça disse concordar com a proposta.

Relatório parcial indica falta “do dever de cautela, de transparência, de imparcialidade e de prudência”

O relatório parcial do CNJ divulgado na sexta-feira (15) afirma que se fez “indispensável a delimitação de uma hipótese que orientasse as atividades voltadas à verificação da existência de irregularidades e/ou ilegalidades apontadas” por conta do alto volume de documentos obtido e que foram encontradas “possíveis irregularidades” relacionadas aos fluxos de trabalho durante as investigações e ações penais da operação Lava Jato.

Ainda segundo o relatório, as informações obtidas indicaram falta “do dever de cautela, de transparência, de imparcialidade e de prudência de magistrados que atuaram na Lava Jato, promovendo o repasse de valores depositados judicialmente e bens apreendidos à Petrobras e outras empresas antes da sentença com trânsito em julgado, que retornariam no interesse de entes privados, como foi o caso da intenção da criação da Fundação Lava Jato com cerca de R$ 2,5 bilhões, oriundos dos valores de multas aplicadas em acordo firmado pela estatal no exterior.

Para o ministro corregedor Luis Felipe Salomão houve um “possível conluio” entre os diversos operadores do sistema de justiça para permitir que a Petrobras pagasse acordos no exterior e que retornariam para utilização exclusiva da força-tarefa.

Em nota, o senador Sergio Moro afirmou que nenhum desvio de recurso foi identificado em 60 dias de correição da 13ª vara federal pelo CNJ e repudiou a utilização da expressão “gestão caótica”, que, na visão dele, não faz justiça à operação.

Veja também: CNJ deve abrir processos contra integrantes da Lava Jato nesta semana

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