Recordes foram feitos para serem quebrados, assim como as grandes sequências. No último domingo (17), Max Verstappen finalmente foi derrotado na Fórmula 1 após faturar dez corridas consecutivas, uma marca histórica no Mundial.
No 10+ desta semana, o GRANDE PREMIUM relembrou as histórias do fim de cada uma das maiores sequências de vitória da Fórmula 1.
Mike Hawthorn – GP da França de 1953
A primeira grande sequência de vitórias da Fórmula 1 foi registrada por Alberto Ascari. O italiano bicampeão mundial venceu 9 provas entre 1952 e 1953 (descartando a Indy 500, que fazia parte do campeonato, mas nenhum piloto da F1 disputava). A sequência do piloto da Ferrari foi quebrada por um futuro campeão mundial: Mike Hawthorn.
O GP da França de 1953, disputado no circuito de Reims, ficou conhecida como a ‘Corrida do Século’ por conta da batalha entre Hawthorn com o lendário Juan Manuel Fangio, com relatos de que os pilotos trocavam de liderança a cada curva na reta final da corrida. Foi o primeiro triunfo de Mike na Fórmula 1, enquanto Ascari amargou o quarto lugar naquele dia.
Phil Hill – GP da Itália de 1960
No GP da Itália de 1960, a bola da vez era o australiano bicampeão mundial Jack Brabham, da Cooper, que vinha de 5 vitórias consecutivas e o título conquistado por antecipação. Para a Itália, uma surpresa. Os organizadores decidiram mudar o traçado da pista, combinando o circuito misto com o oval de Monza, em prol de favorecer a Ferrari.
A decisão irritou as montadoras inglesas Lotus, BRM e Cooper, que decidiram boicotar o evento. Logo, caminho livre para o domínio da Ferrari, com a vitória do americano Phil Hill, que viria a ser campeão mundial em 1961.
Jackie Stewart – GP da Itália de 1965
Em 1965, todas as atenções estavam em Jim Clark. Afinal, o inglês vinha de cinco vitórias consecutivas e tinha seis triunfos no campeonato. Só não tinha vencido o GP de Mônaco porque optou por disputar as 500 Milhas de Indianápolis no dia. Com o bimundial garantido, era o favorito para vencer em Monza.
Com pole-position, Clark se encaminhava para mais um triunfo, até a bomba de combustível da Lotus quebrar e forçar o abandono do piloto com 12 voltas para o fim. Melhor para Jackie Stewart, que venceu na Fórmula 1 pela primeira vez.
Ayrton Senna – GP de Mônaco de 1992
Em 1992, Nigel Mansell teve uma das temporadas mais dominantes e avassaladoras da história da Fórmula 1. Com a incrível Williams FW14B nas mãos, ele atropelou a concorrência para vencer as primeiras cinco corridas da temporada que o consagrou como campeão mundial. Porém, em Mônaco, a coisa foi diferente.
Mansell fez a pole e liderou a maior parte da corrida, mas um furo de pneu na reta final o fez precisar de um pit-stop extra, o que deu a liderança para o brasileiro tricampeão mundial Ayrton Senna, da McLaren. A partir daquele momento, aconteceu uma das mais épicas perseguições da história da Fórmula 1, que terminou com o brasileiro no topo.
David Coulthard – GP do Brasil de 2001
Michael Schumacher terminou 2000 muito em alta ao finalmente conquistar o primeiro título pela Ferrari, e o italiano deu sequência na grande fase ao abrir 2001 com duas vitórias, nos GPs da Austrália e do Brasil. Naquele estágio, já eram seis triunfos consecutivos, mas Interlagos apareceu para acabar com a sequência do alemão.
Apesar da pole-position no Brasil, Schumacher foi surpreendido por Juan Pablo Montoya, que com um ousado movimento na segunda volta, assumiu a ponta. Com chuva, quem também cresceu foi o escocês David Coulthard, que se valeu do acidente de Montoya com o retardatário Jos Verstappen para sair com a vitória.
Kimi Räikkönen – GP da Bélgica de 2004
O ano de 2004 é o mais dominante de Michael Schumacher na Fórmula 1. Em uma combinação incrível com a Ferrari, o piloto alemão trucidou a concorrência no campeonato. Quando desembarcou em Spa-Francorchamps para conquistar o sétimo título mundial, o alemão tinha 12 vitórias nas 13 primeiras corridas da temporada, sendo 7 delas seguidas.
Apesar de largar do segundo lugar, Schumacher largou muito mal e perdeu espaço na reta inicial da corrida. Quem se valeu disso foi Kimi Räikkönen, que com ritmo impressionante após largar do décimo lugar, saiu com a vitória. Michael terminou em segundo e saiu com o hepta.
Nico Rosberg – GP da Austrália de 2014
Antes de Verstappen, a maior sequência ininterrupta de vitórias da Fórmula 1 pertencia a Sebastian Vettel. O tetracampeão mundial simplesmente emplacou nove triunfos para levantar o quarto título em 2013. Porém, a mudança de regulamento de 2014, com o início da era híbrida do Mundial, colocou um ponto final.
Vettel sequer largou no top-10 e abandonou ainda na terceira volta com quebra de motor. A vitória no Albert Park ficou com Nico Rosberg, da Mercedes, que teve caminho livre para triunfar após Lewis Hamilton também sofrer uma quebra logo no início.
Nico Rosberg – GP do Brasil de 2014
No mesmo ano de 2014, Rosberg quebrou mais uma sequência: a de Lewis Hamilton. O então campeão mundial arrancou para o segundo título quando emplacou cinco vitórias, mas Interlagos trouxe infortúnios ao piloto inglês, que com um erro, chegou apenas na segunda posição e viu Nico encurtar a vantagem antes da decisão em Abu Dhabi. Eventualmente, Lewis saiu campeão.
Sergio Pérez – GP de Sakhir de 2020
No ano do heptacampeonato, Lewis Hamilton também teve um incrível domínio e outra grande sequência de vitórias. Na segunda metade do campeonato, bateu o recorde de triunfos de Michael Schumacher e chegou a emplacar cinco de forma consecutiva. Porém, testou positivo para covid-19 antes do GP de Sakhir e precisou se ausentar.
Melhor para Sergio Pérez. Apesar de sofrer um acidente na primeira volta, o mexicano da Racing Point teve uma recuperação mágica e venceu na Fórmula 1 pela primeira vez.
Carlos Sainz – GP de Singapura de 2023
Max Verstappen simplesmente emplacou 10 vitórias seguidas. Um recorde na história da Fórmula 1. Porém, a situação do holandês da Red Bull não foi lá muito positiva em Singapura. Com uma inesperada eliminação ainda no Q2, o bicampeão também sofreu com erros estratégicos durante a prova e se recuperou apenas ao quinto lugar.
Com isso, caminho livre para Carlos Sainz, que liderando praticamente todas as voltas após largar da pole, se defendeu muito bem dos adversários para sair com a segunda vitória na Fórmula 1.
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