A Justiça Federal marcou para 10 de outubro a primeira audiência de instrução do ex-bombeiro Maxwell Corrêa. Conhecido como Suel, ele é suspeito de envolvimento no duplo assassinato de Marielle Franco e Anderson Gomes.
Audiência de instrução é uma das últimas etapas processuais antes da decisão do juiz sobre encaminhar ou não o caso a júri popular. Nessa primeira etapa, serão ouvidas as testemunhas de acusação.
No dia da prisão de Maxwell, em 24 de julho, a CNN apurou que houve uma conversa inicial entre a Polícia Federal e a defesa do ex-bombeiro sobre uma eventual colaboração premiada. A negociação, entretanto, não avançou.
A advogada Fabíola Garcia afirma que se houvesse interesse da PF em fechar uma colaboração, ela até aconselharia o cliente a participar. Porém, ela mesma afirma que Maxwell não teria muito com o que colaborar.
“Eu não sou contra a colaboração ou delação, porém o cliente tem que ter o que colaborar e provas para instruir. Quando falta um dos dois elementos, não há possibilidade”, contou.
Olheiro
Maxwell Corrêa foi preso pela Polícia Federal em julho. Ele é apontado como “olheiro” da vereadora. A suspeita é que ele vigiou todos os passos de Marielle Franco semanas antes do crime. Também teria levado o carro usado no crime para um desmanche.
O ex-bombeiro foi delatado por Élcio de Queiroz, e réu confesso no crime e que aguarda para ser julgado por um juri popular.
Maxwell já havia sido preso em junho de 2020 em uma operação que investigava o crime e cumpria prisão domiciliar.
Ele teria ajudado a esconder armas de Ronnie Lessa, apontado como executor da vereadora e do motorista. Entre as armas, estaria a utilizada no assassinato de Marielle e Anderson Gomes.
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