O favoritismo do ministro da Justiça, Flávio Dino, para ocupar a cadeira de Rosa Weber no Supremo Tribunal Federal (STF) tem um ingrediente principal: o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), segundo aliados, vê Dino como alguém que tem “perfil complementar” ao do ministro Cristiano Zanin, recém-chegado à Corte.
De acordo com essa avaliação, embora Zanin e Dino tenham trajetórias diferentes, ambos têm atuação marcada por temas que, hoje, são considerados determinantes por Lula para um ministro do Supremo: a defesa da democracia e o combate aos métodos usados pela Lava Jato.
O perfil combativo de Dino, dizem interlocutores de Lula, fez com que o ministro da Justiça passasse a ser considerado, hoje, o nome mais bem consolidado para a vaga a ser deixada por Rosa Weber nos próximos dias.
Como mostrou a CNN no início de agosto, a preocupação de Lula para esta segunda vaga no Supremo é a de conseguir escolher alguém que possa ter sintonia com Zanin e não tenha veto dos demais integrantes da Corte.
Pessoas que têm participado das conversas sobre a sucessão no Supremo dizem que o presidente quer, acima de tudo, evitar que o STF volte a ser formado por “11 ilhas” — referência ao número de ministros.
Compartilhe: