Se alguém pensou que a surpreendente queda de rendimento da Red Bull no GP de Singapura teve a ver com a diretiva para conter asas flexíveis, Christian Horner tratou de esclarecer que a medida da Federação Internacional de Automobilismo (FIA) causou impacto “zero” nas operações da equipe taurina. E mesmo reconhecendo que o revés pegou todos de surpresa, ao mesmo tempo ofereceu informações “muito úteis” que serão aplicadas já no RB20, carro da próxima temporada da Fórmula 1.
Durante o fim de semana em Marina Bay, entrou em vigor uma nova diretiva técnica para impedir que as equipes trabalhem com a flexibilidade das asas. A entidade máxima do esporte solicitou aos times os projetos das asas dianteiras e traseiras para verificar se todos os modelos estavam de acordo com o regulamento e barrou recursos que pudessem movimentar ou rotacionar em relação à estrutura de fixação.
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A aplicação da medida coincidiu com a inesperada queda de ritmo do RB19 nas ruas de Singapura. Já na sexta-feira, Horner entendeu que a Red Bull estava muito distante das principais rivais em termos de desempenho, e isso se confirmou ao longo da programação: no sábado, Sergio Pérez e Max Verstappen sequer foram ao Q3.
Questionado sobre o que, de fato, deu errado, Horner disse que era “questão de engenharia. Não há milagres nesse caso”, e ainda emendou: “Sei que todos adorariam culpar a diretiva, mas infelizmente não podemos culpá-la, pois ela não alterou nenhum componente singular em nosso carro.”
A imprensa, então, insistiu em saber se ao menos alguma operação de trabalho precisou ser adaptada, mas o dirigente inglês foi categórico: “Não. Zero.”
“Sabíamos que era de se esperar uma competição mais acirrada aqui. Mas acho que nos pegou um pouco de surpresa, o quão distante estávamos na sexta-feira. Acredito que não estávamos na janela certa de operação, principalmente em volta única. E quando estávamos lá, os pneus eram horríveis. As coisas simplesmente não funcionaram”, salientou. “Talvez nossa simulação antes do final de semana não nos tenha levado à conclusão certa. Aí você precisa achar um jeito de sair disso”, completou Horner.
Apesar dos problemas, tanto Verstappen quanto Pérez conseguiram terminar o GP de Singapura na zona de pontuação, mantendo ainda a Red Bull em ótima situação no Mundial de Construtores. Sem mais nenhum grande pacote de atualizações por vir ainda em 2023, o chefão da Red Bull afirmou que o fim de semana desastroso teve, sim, o seu lado positivo.
“Acabamos na janela errada, e isso expôs algumas fraquezas que o carro tem. Mas foi uma lição muito útil para o ano que vem, pois nos deu insights muito úteis e coisas que certamente poderemos adicionar no RB20”, revelou.
“Temos alguns problemas inerentes que não podem ser necessariamente resolvidos em um fim de semana. Cometemos alguns erros que culminaram em nossa queda no Q2. Não é nada fundamental, alguns erros foram cometidos no meio do caminho, mas alguns problemas podem ser corrigidos no ano que vem. Vamos lá!”, concluiu Horner.
A Fórmula 1 dá sequência à temporada 2023 já neste final de semana, entre os dias 22 e 24 de setembro, com o GP do Japão, em Suzuka.
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