Em entrevista exclusiva à CNN nesta terça-feira (19), a relatora da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga os atos criminosos de 8 de janeiro avaliou que as últimas decisões do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre pedidos de pessoas que iriam depor ao colegiado foram “lamentáveis”.
Na segunda-feira (18), o ministro André Mendonça, do STF, acatou um pedido da defesa de Osmar Crivelatti, ex-assessor de Jair Bolsonaro (PL), para que ele não fosse obrigado a comparecer à comissão para depor.
Antes, no dia 11 de setembro, o ministro Nunes Marques concedeu habeas corpus a Marilia Ferreira de Alencar, ex-subsecretária de Inteligência da Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal, para que também não fosse obrigada a prestar esclarecimentos.
Ambos os favorecidos pelas decisões da Suprema Corte não compareceram à CPMI do 8/1.
Destacando que é “difícil fazer um inquérito sem ter o depoimento”, Gama afirmou que as decisões trazem “uma jurisprudência que é muito grave em relação à autonomia dos Poderes e as prerrogativas internas, sobretudo do Congresso”.
“Se essa moda pega, fica realmente difícil”, comentou.
*em atualização
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