Yamaha reconhece preocupação em perder Quartararo em 2025 – Notícia de MotoGP

Chefe da Yamaha, Massimo Meregalli admitiu que teme perder Fabio Quartararo para a temporada 2025 da MotoGP. O dirigente considerou que o francês não será convencido a ficar com um gordo salário, mas apenas com uma boa performance da YZR-M1.

O contrato atual do #20 é válido até 2024. Mas, dias após Marc Márquez romper o acordo com a Honda um ano antes do previsto, Maio avaliou que, no caso de Quartararo, teme mais por 2025.

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“Estou mais preocupado em relação a como será em 2025”, admitiu Maio. “Nesse caso, teremos de convencê-lo com a performance da moto e não no aspecto monetário. No momento, não vejo Fabio na situação de romper o contrato. Tudo pode acontecer, mas não estamos esperando isso”, seguiu.

O dirigente indicou que a Yamaha não terá uma revolução para 2024 e que, de fato, as bases da moto já estão encaminhadas.

“Não haverá nenhuma reviravolta em 2024. De fato, o programa está bem claro”, apontou Meregalli. “Obviamente, teremos muito trabalho a fazer. O motor não é o único problema da nossa moto, pois existem outros aspectos, como aerodinâmica. Nesse sentido, teremos algo novo em Valência. Pessoalmente, sou da opinião de que o pacote deve ser rejuvenescido e atualizado, já que mais 10cv não vão resolver os problemas da moto”, seguiu.

Ainda, Maio contou que o motor testado em Misano e o que será usado na YZR-M1 no próximo ano é fruto da colaboração entre o Japão e Luca Marmorini, ex-chefe de motores da Ferrari na Fórmula 1.

“O que testamos em Misano é, precisamente, fruto dessa colaboração entre o Japão e Marmorini. O motor e 2024, embora similar, é diferente do atual e foi desenvolvido de forma conjunta”, explicou.

O dirigente confirmou, também, que a Yamaha não vai abandonar o conceito de quatro cilindros em linha, mesmo que seja a única a não utilizar os V4.

“O que posso dizer é que vamos continuar com o conceito de quatro em linha. Na nossa opinião, o motor em linha oferece a possibilidade de ter uma performance tão boa ou até melhor do que o V”, apontou. “O comprimento do escapamento, só para dar um exemplo, segue sendo o mesmo, assim como as entradas de ar. O motor V dá a possibilidade de a moto ser mais curta, favorecendo a aerodinâmica. Dito isso, seguimos confiantes no motor em linha”, justificou.

Perguntado sobre o quão difícil é fazer Quartararo aceitar a dificuldade da Yamaha, Meregalli respondeu: “Quartararo é um piloto que é muito bom em deixar as dificuldades para trás e olhar para a próxima corrida”.

“Em termos do moral, Índia e Indonésia deixaram boas sensações, mas temos de fazer mais”, assumiu. “O momento é frustrante para nós também, pois estamos cientes da situação. No passado, tiveram alguns momentos de estagnação, mas posso garantir que o esforço de desenvolvimento é importante”, atestou.

Por fim, o chefe da Yamaha assumiu que a casa de Iwata ficou para trás no quesito aerodinâmica, que é muito melhor utilizado pela concorrência.

“Infelizmente, estamos acusando incompetência do ponto de vista aerodinâmico e estamos pagando para isso. Precisamos trabalhar muito, pois as outras fábricas não usam a aerodinâmica apenas para downforce, masna entrada da curva e para fazer a curva. Nós perdemos essas forças que tínhamos, pois a aerodinâmica das outras equipes conseguiu fazer o que o chassi não as permitia fazer”, encerrou.

O treino da MotoGP para o GP da Austrália, em Phillip Island, acontece nesta sexta-feira, à 1h (de Brasília). O GRANDE PRÊMIO faz a cobertura completa do evento, assim como das outras classes do Mundial de Motovelocidade.